domingo, 9 de outubro de 2011

amarelo

ja não tem mais o amarelo das flores da minha janela,
a chuva de certo jogou-as todas no chão,
os ceus estão cobertos de nuvem cinzas,
assim como o meu coração.

meu coração sangua minha alma,
pelos meus olhos, que caem mais água,
do que na imensa tempestade que cai ali fora.

esse sofrimento que me consome toda noite,
essas trevas cobrem toda a minha luz,
mais uma existencia sem sentido.

o sol vem nascendo, como em todas as manhãs,
seus raios levantam a vida adormecida na noite,
e agora já consigo ver as flores vermelhas,
da árvore vizinha.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

foda da si

domingo, 2 de outubro de 2011

não existencia

aquela bela vontade de não existir me enfeitiçou hoje, novamente, -é o jeito mais fácil de todas as dores acabarem de uma só vez- dizia minha mente. Tão sedutora voz mental, me conduzindo ao abismo, -talvez então, mais uma boa dose de esquecimento- mas esquecer mais o q? ja nem me lembro mais como cheguei aqui.
mas pensar em desistir, seria negar todas as responsabilidades que me aguardam, as pessoas que cuido e que cuidam de mim...
cativar é criar laços, somos responsaveis pelos laços, e isso me deixa louca. enquanto existir, terei que cuidar dos q me amam aqui.
e no fim, queria apenas morrer, sem mais me importar com nada disso, sem ter q sofrer mais, sem ter mais dor, sem ter amor, apenas um nada absoluto, navegar no abismo da existencia para sempre.
eu ja estou tao cansada, e pra uma pessoa da minha idade deveria estar mais disposta, mas sinto tanta vida em minhas costas, que ja nao me interessa mais nenhuma das escolhas, todas ja me levaram algum lugar, e nenhuma delas foi não fazer eu voltar novamente, e ter q viver tudo de novo.
queria apenas que tudo isso sumisse.
nem sempre ver em terra de cego, é bom. doi mt mais, do que se tornar cego tbm. tenho feito a dança dos cegos, e de nada me vale tbm.
foda-se
talvez seja a melhor opção mesmo.