domingo, 22 de maio de 2016

a retomada

Era uma ser, ínfimo em sua existência
Apenas contava estórias em sua mente
Sempre descrente, se via em uma vida,
Sem precedentes, Blasfêmia do universo
Talvez seria, não tinha eira nem beira
Vagava pelos submundos da mente.

Seus sonhos lhe contavam
Sua vida lhe passava
As mesmas estórias vividas
As mesmas estórias lidas.

Aquele sonhador, sonhando o sonho dos loucos
Vivendo a vida de pouco.

Seria ele um nada, ou seria ele tudo,
A linha tênue que vagava,
Seguindo do nada a tudo, e tão pouco.
Era ele um ser elucidado pelo destino,
Sentia a ira dos deuses
Comendo sobre seu couro,
Destronando seu ouro.

Lindos aqueles que clamam pelo horror
Os dias passados, os dias virão
Esperava ele sentado
A luz da escuridão.