ao meio dia,
os couros saiam pra passear
queimar-se de sol
prostar sem cansar.
era tarde da noite,
os couros a gritar,
gemendo, cantando,
dançando à luz do luar
na festa dos couros,
a fogueira rendia,
saiam de todos os lados,
todos em agonia.
vagavam os couros,
sempre a buscar,
num caminho para se perder,
no outro para se encontrar.
os couros escorriam delirantes,
pelas terras,entre os montes,
se era chuva ou cachueira
ninguem sabia,
aglomerados eram um só,
que punha-se a nadar.
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
domingo, 23 de setembro de 2012
Prisão da Mente
sinto as goteiras que caem
da minha própria prisão mental
apertando as algemas da alma
estilhaçando o coração.
podia minha alma bater asas
voar por entre as frestas,
salvar o que ainda me resta?
nesse quadradinho
mal vejo as cores que brotam
mal vejo as flores que gozam
mal sinto o gosto do som
os sonhos se dissipam no ar
como gotas que palpitam meu coração
voou mais longe que posso
canso e volto pra mesma prisão
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